Este poema
É oco,
Não tem beira,
É vôo
Obliquo de
Pássaro.
Bebo dele que,
Como eu, é uma
Fisgada.
Entro pelos
Canos deste
Poema, desço
Por suas escadas
— Inocentes.
Escuto
Seus gritos:
O oco —
É vivo,
Vindima,
Mãos socadas
Nos bolsos.
Confesso de
Antemão este
Poema e a ele
Faço companhia.
Cego, caio
Por seus
Caminhos.
Não tomo jeito:
Ando de rojo
A fim de suas
Veredas.
tentáculos,reses diabos,pedras e calos —muitos.gosto de céusé ruína.sapatos pretos,uns beiços grandes,nossa mãe sarará.preto.arara emhambúrguer:um macunaímafeio de dentão:eu — preto e branco.atravessoaquele tremque vemrápido eme causavertigem.ela é doida,a clarice,cortina quebalança apesarda luz docomputador.palra. é garça.graça de graça,é mais pirraça,dizia vovó.mas vovó erauma mulherque faziabonecas de pano.lembro...tinha enchentee os patosvoejavam,o cachorroreclamava,grandalhão.meu pai semprese cortavafazendo barba,acho.frio é corte,apesar dumavassoura quedesnuda chão.árvore grandeé aquela que eunão conheçomais. mas elaé nua: é junhoe bebo caféno terraço.